Orla de Navegantes recebe banco produzido com material reciclável

A orla de Navegantes acaba de receber um banco de descanso produzido com material reciclável, feito a partir de resíduos dos eventos realizados no município. A peça foi instalada pela equipe do Instituto Ambiental de Navegantes (IAN) no deck, próximo à entrada de número quatro da Praia do Pontal, no bairro São Pedro.

As lonas e banners de anúncio e identificação dos eventos perdem a sua utilidade assim que as festividades se encerram, mas em Navegantes, os itens são reaproveitados com demais plásticos sem reciclabilidade. É o caso das embalagens de salgadinho, por exemplo, que também integram o banco. Os resíduos são compactados e mesclados a porções menores de madeira e de cimento, dando origem ao assento e à base da peça, respectivamente.

De acordo com o superintendente do IAN, Diego Dias, a fabricação do banco em material reutilizado gera a economia de recursos públicos. Além de terem menor valor em comparação com os bancos convencionais, as peças feitas em material reciclável evitam gastos adicionais do município com o transporte do lixo e também com o aterro sanitário.

Outra vantagem da produção dos bancos com material reciclável é o ganho ambiental, já que o polipropileno (PP) e o polietileno (PE), materiais que compõem a estrutura do banco instalado na orla, possuem maior durabilidade. Ainda segundo Dias, Navegantes conta com outros dois bancos produzidos sob as mesmas condições, ambos no Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU), no bairro Nossa Senhora das Graças.

Os bancos são resultado do projeto Lixo Zero, do IAN, iniciado nas escolas do município para promover a educação ambiental. “A ideia é incrementar a iniciativa, então é possível que tenhamos mais peças desse tipo em nossa cidade”, conclui Dias.

É importante salientar que os demais resíduos decorrentes dos eventos de Navegantes, apesar de não serem apropriados à fabricação do banco, são doados para a Associação dos Agentes da Reciclagem de Navegantes (Recinave). Ali, todos os resíduos passam por uma triagem para venda e reciclagem final, gerando renda para os catadores e menor impacto ambiental para o município.

Texto: Rebeca Amaral – 5174/SC